segunda-feira, dezembro 12, 2011

Campos de detenção para prisioneiros políticos de Yodok - caso n.º 3 da Maratona de Cartas

Estima-se que cerca de 50.000 homens, mulheres e crianças estejam actualmente detidos no campo de detenção para prisioneiros políticos Yodok na Coreia do Norte. Os detidos são torturados e obrigados a trabalhar em condições perigosas. A comida é escassa, os cuidados de saúde são desadequados, as condições de vida insalubres resultam em doenças crónicas e, como resultado, muitos prisioneiros morrem enquanto estão detidos ou logo depois da sua libertação. O governo da Coreia do Norte nega a existência de campos de detenção para prisioneiros políticos, incluindo Yodok, apesar de a sua existência estar confirmada por imagens de satélite e testemunhos de antigos guardas, familiares de presos e antigos presos recolhidos pela Amnistia Internacional. Todos os campos possuem zonas de “controlo total” de onde os prisioneiros nunca podem sair, salvo em raras circunstâncias. A Amnistia Internacional tem conhecimento de apenas três pessoas que tenham conseguido fugir ou ser libertadas de zonas de “controlo total”. Crianças que nasçam nestas zonas são prisioneiras para toda a vida. Os campos de Yodok e Bukchang-ri também possuem “zonas revolucionárias” destinadas às pessoas cujas ofensas são consideradas menos graves e que são libertadas depois de cumprirem até 10 anos de sentença.

Foram levadas a cabo execuções em Yodok, tanto em público como em segredo, recorrendo-se ao enforcamento ou pelotão de fuzilamento. Os prisioneiros podem ser executados por desrespeitar regras do campo, tais como, roubar comida.
Os familiares de suspeitos de crimes também são enviados para Yodok. Este sistema de “culpa por associação” é usado para silenciar dissidentes e controlar a população através do medo.

Quando o norte-coreano Oh Kil-man pediu asilo político à Dinamarca em 1986, foi forçado a deixar a sua mulher e as duas filhas na Coreia do Norte. A sua família foi enviada para Yodok em 1987 como resultado de não ter regressado à Coreia do Norte. Oh recebeu cartas suas em 1988 e 1989 e fotografias em 1991 e é, até hoje, a única pessoa a ter recebido este tipo de informação oriunda de prisioneiros dos campos. Um ex-prisioneiro alega que a mulher e as filhas de Oh foram posteriormente transferidas para a zona de controlo total do campo. Oh não voltou a receber qualquer tipo de informação sobre a sua família.
Ajude a acabar com os campos de detenção para prisioneiros políticos. Envie a carta apelo.

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