quarta-feira, dezembro 22, 2010

Em nome da Amnistia Internacional Portugal, o Grupo Local de Aveiro (33) da AI deseja-lhe boas festas!

Nações Unidas aprovam voto para eliminação da pena de morte

A Amnistia Internacional urge a todos os estados retencionistas que estabeleçam uma moratória imediata às execuções como um primeiro passo para abolir a pena de morte.
Este pedido surge no seguimento da Assembleia Geral das Nações Unidas que aprovou hoje uma resolução relativa à moratória ao uso da pena de morte. Foi adoptada por 109 votos a favor, 41 contra e 35 abstenções.

Registaram-se mais votos a favor e menos contra do que na anterior votação de 2008, o que confirma a tendência mundial para a eliminação da pena de morte.

“Hoje a Assembleia Geral das Nações Unidas enviou uma mensagem clara de que a morte premeditada por parte de um estado deve acabar” afirmou José Luis Díaz, representante da Amnistia Internacional nas Nações Unidas em Nova Iorque.

Veja aqui a noticia completa.

Não perca a rubrica semanal do Grupo de Aveiro da Amnistia Internacional na Rádio Vagos FM!

No dia 17 de Dezembro, estivemos na Escola Bento Carqueja, em Oliveira de Azemeis para mais uma sessão sobre a missão da Amnistia Internacional.


domingo, dezembro 19, 2010

Costa do Marfim: forças de segurança matam pelo menos nove manifestantes desarmados

Testemunhas oculares relataram à Amnistia Internacional que pelos menos nove manifestantes desarmados perderam a vida no 16 de Dezembro, em Abidjan, Costa do Marfim, no decorrer de protestos em massa, face ao impasse político que se seguiu às eleições presidenciais.

Os manifestantes aderiram aos protestos de rua em massa incitados pelo Presidente internacionalmente reconhecido, Alassane Ouattara, após as eleições terem sido contestadas. Os manifestantes marchavam desde vários pontos da capital Abidjan, numa tentativa de se apoderarem da emissora pública Radio Télévision Ivorienne (RTI), quando as forças de segurança abriram fogo à queima-roupa.

“A Amnistia Internacional está chocada com este uso da força completamente injustificado e desproporcional e apela às forças de segurança da Costa do Marfim para que ponham fim a estes assassinatos imediatamente”, afirmou Salvatore Saguès, investigador da Amnistia Internacional para a África Ocidental. “Aqueles que abriram fogo contra estas pessoas, bem como aqueles que deram a ordem para tal, terão de ser responsabilizados pelos seus actos”.

No dia 15 de Dezembro, estivemos na Escola Secundária de Albergaria-a-Velha.


sexta-feira, dezembro 10, 2010

O Discurso de Saramago no Palácio Real de Estocolmo a 10 de Dezembro de 1998

A propósito do dia de hoje. Não conhecia este discurso, cruzei-me com ele por acaso e achei que merecia um post.
"Cumpriram-se hoje exactamente 50 anos sobre a assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Não têm faltado comemorações à efeméride. Sabendo-se, porém, como a atenção se cansa quando as circunstâncias lhe pedem que se ocupe de assuntos sérios, não é arriscado prever que o interesse público por esta questão comece a diminuir já a partir de amanhã. Nada tenho contra esses actos comemorativos, eu próprio contribuí para eles, modestamente, com algumas palavras. E uma vez que a data o pede e a ocasião não o desaconselha, permita-se-me que diga aqui umas quantas mais.
Neste meio século não parece que os governos tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que moralmente estavam obrigados. As injustiças multiplicam-se, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. A mesma esquizofrénica humanidade capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas, assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte do que ao nosso próprio semelhante.
Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os governos, porque não sabem, porque não podem, ou porque não querem. Ou porque não lho permitem aquelas que efectivamente governam o mundo, as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a quase nada o que ainda restava do ideal da democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Pensamos que nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem e que não é de esperar que os governos façam nos próximos 50 anos o que não fizeram nestes que comemoramos. Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra. Com a mesma veemência com que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa tornar-se um pouco melhor.
Não esqueci os agradecimentos. Em Frankfurt, no dia 8 de Outubro, as primeiras palavras que pronunciei foram para agradecer à Academia Sueca a atribuição do Prémio Nobel da Literatura. Agradeci igualmente aos meus editores, aos meus tradutores e aos meus leitores. A todos torno a agradecer. E agora também aos escritores portugueses e de língua portuguesa, aos do passado e aos de hoje: é por eles que as nossas literaturas existem, eu sou apenas mais um que a eles se veio juntar. Disse naquele dia que não nasci para isto, mas isto foi-me dado. Bem hajam portanto."

José Saramago

Estocolmo, 10 de Dezembro, 1998

quarta-feira, novembro 24, 2010

Parabéns, Grupo 19!

Marcelino Nguema e Santiago Asumu libertados na Guiné Equatorial!

A Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19 anuncia que dois dos prisioneiros de consciencia que trabalhava, Marcelino Nguema Esono e Santiago Asumu, da Guiné Equatorial, foram libertados. Ambos tinham sido absolvidos da acusação de “agressão e terrorismo”, mas de novo julgados e condenados, num claro atropelo às leis internacionais e do próprio país. Marcelino e Santiago, membros de um partido da oposição e civis, condenados além do mais por um tribunal militar, foram objecto de instantes apelos da Amnistia Internacional no sentido da sua libertação imediata e incondicional. O Grupo 19, que contribuiu com outros grupos da AI para a libertação, em Março, do peruano Carlos Garay, e para a pressão internacional que reduziu o cumprimento total da pena do israelita Vanunu, partilha com a comunidade mais esta vitória. E anuncia que tudo continuará a fazer para a libertação de sete outros prisioneiros de consciencia guineo-equatorianos por quem continua a escrever.
O Grupo de Aveiro dá os parabéns ao Grupo 19 por mais um sucesso. A actividade do Grupo 19 tem sido, desde sempre, uma inspiração para outras estruturas locais da AI Portugal e todas partilham a alegria por mais esta vitória contra a falta de liberdade de expressão e consciência.
Parabéns!

terça-feira, novembro 23, 2010

Situação em Darfur

Em Julho de 2010, o relatório da Amnistia Internacional “Agents of Fear: The National Security Service in Sudan” documentou as violações dos direitos humanos cometidas pelo SNIS, assim como a repressão da liberdade de expressão e associação no Sudão feita a defensores dos direitos humanos, activistas e jornalistas, detidos regularmente por realizar o seu trabalho, ao mesmo tempo que outros foram torturados ou atormentados, tendo sido alvo de acusações motivadas politicamente.

A Amnistia Internacional tem apelado às autoridades sudanesas para que libertem ou acusem formalmente os oito homens e mulheres do Darfur, que foram detidos e estão incomunicáveis desde o final de Outubro, acreditando-se estarem sob o risco de tortura.

De acordo com relatos de activistas locais e Organizações Não Governamentais, inúmeros activistas, alguns dos quais têm estado a acompanhar a situação dos direitos humanos no Darfur, terão sido detidos e presos pelos Serviços Nacionais de Informações e Segurança (SNIS) em Cartum, capital do país, entre os dias 30 de Outubro e 1 de Novembro.

“A detenção, tortura e maus-tratos a jornalistas e activistas dos direitos humanos nas mãos do SNIS ocorrem frequentemente no Sudão, particularmente entre darfurianos”, afirmou Erwin van der Borght, director do programa da Amnistia Internacional para África, defendendo que “as autoridades devem revelar os nomes e a localização de todos aqueles que foram detidos e devem acusá-los por ofensas criminais reconhecíveis ou então libertá-los imediatamente”.

Mais informações aqui.

No âmbito da celebração municipal da Convenção Dos Direitos da Criança, realizou-se em Aveiro, um colóquio com China Keitetsi, ex-criança-soldado.

Algumas fotografias do Campo de Trabalho para jovens, realizado este ano na Torreira


quinta-feira, novembro 18, 2010

NATO/Cimeira: Amnistia Internacional exige que Aliança proteja direitos humanos no Afeganistão

A Amnistia Internacional apelou hoje aos líderes da NATO, que se reúnem em Lisboa, para que garantam a proteção dos direitos humanos e a segurança da população civil no Afeganistão.

No âmbito deste apelo, a AI enviou cartas a vários líderes da Aliança, apelando a que reforcem as garantias de responsabilização entre as forças estrangeiras no país, combatam a detenção arbitrária e a tortura.

«Quando a NATO começa a debater a sua saída do Afeganistão, é crucial explicar ao povo afegão exatamente como a comunidade internacional dará seguimento à sua promessa de proteger e promover os direitos humanos», disse Sam Zarifi, diretor do programa de Ásia e Pacífico da AI.

Agência Lusa

Actividade do Grupo 19 (Sintra) - IX Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos, de Sintra

A Amnistia Internacional Portugal – Grupo 19, em colaboração com o Centro Cultural Olga Cadaval, promove a realização, entre os dias 10 e 12 de Dezembro de 2010, da IX Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos, com o objectivo de sensibilizar a comunidade para a necessidade de promoção e defesa dos Direitos Humanos.
Durante três dias serão exibidos documentários, alguns deles inéditos, sobre temas distintos, realizados em diversos países, com o intuito de fornecer uma perspectiva alargadas sobre alguns dos desafios que se colocam aos Direitos Humanos na actualidade.

Chamamos em particular a atenção para Hortas Di Pobreza, a ser projectado no dia 10, que lembramos é o Dia Mundial dos Direitos Humanos, às 21h30. Um teaser do filme está disponível no nosso blogue -
http://blog-19.blogspot.com/.
Para além dos documentários, serão ainda realizadas actividades complementares relacionadas com temas e campanhas da Amnistia Internacional.

A Coordenação
Fernando Sousa

Veja algumas fotografias da manifestação pelos Direitos Humanos na China, aquando da visita do Presidente da China a Portugal.




sexta-feira, novembro 12, 2010

Venha conhecer a história, contada na primeira pessoa, de uma ex-criança-soldado! Aveiro: dia 18 de Novembro.


Na véspera, haverá também, pelas 21h30, uma tertúlia no bar El Grecco, com a presença de membros do staff da Amnistia Internacional Portugal, subordinada ao tema "Pobreza: Uma violação de DH".
Não perca!

Uma boa notícia!

Responsáveis birmaneses asseguraram hoje estarem “certos” que a célebre dissidente birmanesa Aung San Suu Kyi, em prisão domiciliária há 18 meses, irá ser libertada nos próximos dias. A BBC chega mesmo a avançar que os papéis da sua libertação já terão sido assinados.

Cante connosco!

Veja a notícia completa aqui.

quinta-feira, novembro 11, 2010

Amnistia Internacional pede julgamento de Bush por ter admitido, na sua biografia, a prática de tortura em Guantanamo

Em causa está a afirmação de Bush na sua autobiografia “Decisions Points”, publicada na terça-feira, de ter autorizado o recurso à técnica de waterboarding (afogamento simulado) – prática considerada como tortura pela Amnistia Internacional, mas que Bush diz tratar-se de uma “técnica melhorada” para os interrogatórios, que “salvou vidas”.

“Segundo o direito internacional, qualquer [pessoa] que esteja envolvido em actos de tortura deve ser apresentado à justiça, e que não se exclua George W. Bush”, disse através de comunicado citado pela Reuters o director-adjunto da ONG, Cláudio Cordone.

Veja toda a notícia, aqui.

Conheça a campanha da Amnistia Internacional contra o waterboarding como técnica de tortura, aqui.

terça-feira, novembro 09, 2010

domingo, novembro 07, 2010

A manifestação pelos Direitos Humanos na China, a propósito da visita de HU JINTAO

A Amnistia Internacional - Portugal, vem comunicar que em resultado de informação proveniente do Governo Civil de Lisboa às 18h31 de hoje, dia 5 de Novembro, via fax, o local da concertação foi alterado.

Apelidada de “contramanifestação” e por alegadamente ter sido pedida depois da manifestação da Associação de Comerciantes e Industriais Luso-Chinesa, para o mesmo local, a concentração da Amnistia Internacional foi enviada para a Torre de Belém, tendo a referida associação sido autorizada a ficar no local pedido.

Lamentamos o sucedido e disponibilizamos a comunicação recebida do Governo Civil de Lisboa

quinta-feira, novembro 04, 2010

Comunicado do Grupo da China, da Amnistia Internacional Portugal

Caros amigos/as

O Presidente da China, Hu Jintao, estará em Portugal nos dias 6 e 7 do corrente mês, a convite do Presidente Cavaco Silva.

Pretendemos aproveitar esta visita para chamar a atenção para os inúmeros detidos na República Popular da China, por delito de opinião.

Pediremos, em cartazes e em abaixo-assinados, a libertação do Prémio Nobel da Paz 2010, Liu Xiaobo, e o fim da detenção domiciliária de sua mulher, Liu Xia. Também chamaremos a atenção para a situação de alguns outros prisioneiros presos e condenados por pedirem o fim da corrupção e o respeito pelos direitos humanos, entre os quais se contam um cineasta tibetano e um jornalista uigur.

Pediremos, em abaixo-assinado, que o cidadão português de etnia chinesa, Lau Fat Wei, residente em Macau e condenado à pena de morte em Cantão, tenha a sua pena comutada em pena de prisão.

Para isso realizaremos, em conjunto com a União Budista Portuguesa e o Grupo de Apoio ao Tibete, uma manifestação em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, no próximo sábado, dia 6 de Novembro, entre as 14h e as 18h 30mn.


Por favor compareçam, informem e levem os vossos amigos.

Maria Teresa Nogueira

quinta-feira, outubro 28, 2010

Relatórios desta semana: Detenções ilegais e tortura no Iraque e desalojamentos ilegais na Nigéria

Relatório EUA:

Após terem surgido novos indícios nos documentos divulgados pela organização Wikileaks na passada Sexta-feira, a Amnistia Internacional apelou aos Estados Unidos da América para que investiguem até que ponto os oficiais norte americanos sabiam da tortura e outros maus-tratos de prisioneiros infligidos pelas forças de segurança iraquianas. “Ainda não tivemos a oportunidade de estudar os arquivos com detalhe, mas estes aumentam a nossa preocupação quanto a uma grave violação da lei internacional por parte das autoridades norte-americanas, ao entregarem milhares de prisioneiros às forças de segurança iraquianas, quando sabiam que as mesmas continuariam a torturar e maltratar os detidos, numa escala impressionante”, afirmou Malcolm Smart, Director do Programa da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África.

As novas revelações parecem aproximar-se das conclusões do relatório New Order, Same Abuses: Unlawful Detentions and Torture in Iraq, publicado pela Amnistia Internacional em Setembro de 2010, ao detalhar a prática generalizada de tortura e outros maus-tratos dos prisioneiros pelas forças iraquianas, cometidos com impunidade. Milhares de iraquianos que foram detidos pelas forças norte-americanas, foram, posteriormente, transferidos das prisões dos Estados Unidos da América para as do Iraque, entre o início de 2009 e Julho de 2010, segundo um acordo entre os dois países que não contém disposições que garantam a protecção dos direitos humanos dos prisioneiros.

“Aparentemente, estes documentos fornecem mais indícios de que as autoridades norte-americanas estavam cientes destes abusos sistemáticos durante anos e, ainda assim, foram em frente e entregaram milhares de iraquianos, que haviam detido, às forças de segurança iraquianas”, afirmou Malcolm Smart.

Os Estados Unidos da América são membros da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura, o principal tratado internacional de proibição da tortura, que obriga todos os Estados a proibi-la e a absterem-se de transferir prisioneiros para as autoridades de outro Estado, onde podem ser sujeitos a tortura.

Relatório Nigéria:


As autoridades nigerianas devem suspender uma série de demolições planeadas e desalojamentos nas áreas costeiras de Port Harcourt, que podem colocar 200.000 pessoas em risco de ficarem sem abrigo, afirmou a Amnistia Internacional num relatório publicado hoje. Estas demolições planeadas são capazes de lançar centenas de milhar de cidadãos mais vulneráveis da Nigéria para a pobreza”, afirmou Tawanda Hondora, Sub-Directora do Programa de África da Amnistia Internacional. “O governo deve pôr fim aos desalojamentos costeiros, até garantir que estes cumprem os padrões internacionais de Direitos Humanos.”

O governo de Rivers State declara que a demolição das zonas costeiras é necessária para implementar o Greater Port Harcourt Master Plan, um projecto de reabilitação urbano lançado em 2009. O desenvolvimento do passeio marítimo é uma característica central do Plano Mestre – o qual abrange toda a cidade – mas detalhes pormenorizados não foram tornados públicos.


“Nenhuma das comunidades afectadas foi consultada adequadamente sobre estes planos de reabilitação urbana, o que resultou numa grande incerteza e insegurança”, afirmou Tawanda Hondora. “O governo deve desenvolver todos os esforços para identificar alternativas aos despejos, utilizando-os apenas como último recurso.”


As autoridades nigerianas não desenvolveram qualquer plano de restabelecimento para proporcionar uma acomodação alternativa às centenas de milhar de pessoas que podem vir a ser desalojadas.


- O Plano Mestre de Port Harcourt não foi disponibilizado publicamente.

- Através da campanha Exija Dignidade, lançada em Maio de 2009, a Amnistia Internacional está a apelar aos governos a nível global para que tomem todas as medidas necessárias, incluindo a adopção de leis e políticas que respeitem a lei internacional de Direitos Humanos, para proibir e prevenir os desalojamentos forçados.

- A campanha Exija Dignidade da Amnistia Internacional procura acabar com as violações dos direitos humanos que conduzem e aprofundam a pobreza global. A campanha irá mobilizar pessoas por todo o mundo para exigir que governos, corporações e outros que detêm poder, oiçam as vozes dos que vivem na pobreza e reconheçam e protejam os seus direitos. Para mais informação, visite http://demanddignity.amnesty.org/campaigns-en/.

- O relatório da Amnistia Internacional sobre o tiroteio de Bundu pode ser aqui consultado: http://www.amnesty.org/en/library/info/AFR44/022/2010/en.

terça-feira, outubro 12, 2010

11.º Campo de Trabalho para jovens - na Torreira.

Entre os dias 30 de Outubro e 2 de Novembro de 2010, a Amnistia Internacional Portugal vai organizar o 11º Campo de Trabalho “Vamos Defender os Direitos Humanos”.

Durante quatro dias, jovens de todo o país, com idades entre os 15 e os 18 anos, vão poder dedicar-se exclusivamente ao debate de temas relacionados com os Direitos Humanos.
O trabalho da Amnistia Internacional e o papel dos Jovens no activismo são alguns dos temas a serem abordados. Haverá ainda tempo para pensar sobre problemas mais concretos de Direitos Humanos, como a Discriminação e a Pena de Morte.

Este ano, celebrado a nível europeu como o Ano de Combate à Pobreza e Exclusão Social, poderás ainda ver na prática, como podes contribuir, através da fotografia, para a sensibilização sobre estes temas.
O Campo de Trabalho vai decorrer na Colónia de Férias da Torreira, perto de Aveiro.

A inscrição tem um custo de 35 euros por participante, o que inclui materiais, alimentação, alojamento e transporte no local.

Vem aprender mais sobre os problemas que se vivem no Mundo e perceber como todos nós, juntos, podemos fazer a diferença.


Inscreve-te até ao dia 23 de Outubro e participa!

Atribuição do Prémio Nobel da Paz 2010


Liu Xiaobo, de 54 anos, ganhou o prémio pela sua extraordinária contribuição para os Direitos Humanos. Encontra-se actualmente a cumprir uma pena de 11 anos pela acusação de “incitar à subversão contra o poder do estado”, imposta após um julgamento injusto.

Liu é um proeminente crítico do governo, que tem apelado repetidamente à protecção dos Direitos Humanos, à responsabilização política e à democratização na China.


”Liu Xiaobo é um merecido vencedor do Prémio Nobel da Paz e esperamos que esta atribuição mantenha o foco na luta pelas liberdades fundamentais e pela protecção concreta dos Direitos Humanos a que Liu Xiaobo e muitos outros activistas na China se dedicam”, afirmou Catherine Baber, Subdirectora da Amnistia Internacional para a Ásia-Pacífico. Baber acrescenta ainda que “este prémio só poderá realmente marcar a diferença se levar a maior pressão internacional junto da China para que liberte Liu, assim como os demais prisioneiros de consciência que definham nas prisões chinesas por exercerem o seu direito à liberdade de expressão”.

Contudo, o debate que antecedeu a escolha levou o próprio director do Instituto Nobel Norueguês a confirmar, na semana passada, que um responsável político chinês o advertiu para as consequências que uma decisão destas acarretaria em termos de diplomacia com a China. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros foi peremptório, em Setembro, ao declarar que Liu violara a lei e as suas acções eram “totalmente contrárias aos propósitos do Prémio Nobel da Paz”. E ameaçou que se o prémio avançasse que os negócios noruegueses na China ficariam em risco, com uma referência directa à gigante do petróleo e gás, a Statoil.


Mais informações aqui e aqui.

terça-feira, setembro 21, 2010

quarta-feira, setembro 08, 2010

Irão suspendeu pena de lapidação de Ashtiani

O regime de Teerão anunciou hoje um prolongamento da suspensão da sentença de morte por apedrejamento pronunciada contra Sakineh Ashtiani – condenada por adultério e, posteriormente, homicídio.

Veja a notícia completa no Público.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Moçambique: A Polícia só pode usar fogo real para proteger vidas

A Amnistia Internacional instou hoje a polícia moçambicana a não usar munições letais para dispersar as manifestações violentas que tiveram lugar na capital Maputo, a não ser que vidas humanas estejam em risco.
De acordo com relatórios dos media, seis pessoas, entre elas duas crianças, foram assassinadas durante os confrontos entre a polícia e os manifestantes que protestavam pelo aumento dos preços de produtos básicos no País. Os protestos ainda continuam a ter lugar na cidade.


“Reconhecemos que a polícia está a tentar conter um protesto violento, mas fogo real – munições com força letal –
não pode ser utilizado excepto se for estritamente inevitável para proteger a vida” disse Muluka-Anne Miti, Investigadora da Amnistia Internacional para Moçambique.

A Amnistia Internacional apela às autoridades policiais Moçambicanas que garantam que os agentes na rua utilizem apenas meios não letais para controlar a situação e dispersar os manifestantes.

quarta-feira, setembro 01, 2010

França deve acabar com a estigmatização dos ciganos e dos viajantes

A Amnistia Internacional expressou hoje profunda preocupação pelas recentes afirmações e medidas levadas a cabo pelas autoridades francesas que visam os ciganos e os viajantes (Gens du Voyages). A organização está preocupada com o facto de alguns ciganos estarem a ser enviados para os países de origem na sequência de afirmações por parte do governo francês que sugerem a ligação entre os ciganos e a criminalidade.


Cerca de 280 ciganos foram obrigados a regressar aos seus países de origem na quinta-feira, além dos 216 que tinham sido enviados no dia 19 e 20 de Agosto. O Ministro Francês da Imigração, Eric Besson, anunciou que cerca de 800 ciganos seriam expulsos até ao fim de este mês.

Estas medidas foram tomadas na sequência de uma reunião ministerial, a 28 de Julho, para discutir “o problema causado pelo comportamento de certos viajantes e ciganos”.

Durante essa reunião o presidente Sarkozy ter-se-á referido aos acampamentos ilegais habitados por ciganos como uma “fonte” de criminalidade incluindo, alegadamente, exploração de crianças e prostituição.

“As autoridades francesas deveriam estar a trabalhar para combater a discriminação em lugar de fazerem afirmações inflamadas que implicam comunidades inteiras à alegada criminalidade o que pode levar a mais discriminação contra ciganos e viajantes,” disse David Diaz-Jogeix, Sub-Director do Programa da Amnistia Internacional para a Europa e Ásia Central.

“Ninguém deve ser repatriado ou expulso simplesmente por ser cigano.”

Em Julho antes de terem começados as expulsões, estima-se que cerca de 20.000 ciganos da Europa Oriental e Central residiam em França, muitos deles nestes parques ilegais.

Os membros da Comunidade francesa de viajantes, que na sua grande maioria são cidadãos franceses, também foram visados pelo anuncio do encerramento dos 300 acampamentos ilegais.

Cerca de 400.000 viajantes franceses já são algo de medidas discriminatórias que os obrigam a apresentarem-se periodicamente na policia e a estarem registados num município pelo menos há três anos para poderem ter direito de voto.

De acordo com a lei francesa, todos os municípios com mais de 5000 habitantes estão obrigados a estabelecer locais autorizados para a permanência dos viajantes.

Em Abril de 2009 só 25 por cento dos municípios o ter feito apesar da obrigatoriedade resultando no aumento do número de viajantes a viver em locais não autorizados.

“Em lugar de acusarem os ciganos e os viajantes, a França devia dar enfoque à implementação efectiva da sua própria legislação e providenciar sítios adequados de paragem e a protegerem o direito à habitação de todos”, disse David Diaz-Jogeix.

Ao abrigo da legislação internacional de Direitos Humanos, as autoridades francesas têm a obrigação de garantir os direitos de todas as pessoas a uma habitação condigna, incluindo ciganos e viajantes. Não podem expulsar ninguém de suas casas, mesmo que sejam estabelecimentos ilegais, sem que todas as alternativas tenham sido esgotadas e as pessoas afectadas consultadas.

Os desalojamentos só podem ser levados a cabo quando foram seguidos todos os procedimentos relativos à protecção, deve ser providenciado alojamento alternativo, e compensação adequada para as famílias pelas perdas.

A Amnistia Internacional também apela para que a França retire da sua legislação todas as disposições que sejam discriminatórias relativamente aos viajantes, como seja exigir-lhes que tenham licenças para viajar e restrição do seu direito de voto.

segunda-feira, agosto 30, 2010

quinta-feira, agosto 19, 2010

Sabia que hoje é....

...dia mundial Humanitário?
Esta data é celebrado desde 2009 para homenagear todos aqueles que concretizam a ajuda humanitária no mundo.

Veja o que diz sobre este assunto o nosso amigo do Grupo de Aveiro da Amnistia Internacional, Dr. Fernando Nobre (presidente da AMI Assistência Médica Internacional), no seu blog.

quarta-feira, agosto 11, 2010

Ao tornar-se Membro da Amnistia Internacional (AI) - Portugal junta-se a mais de 2.8 milhões de membros e apoiantes em mais de 150 países.


Os Talibãs devem ser julgados pelos crimes de guerra no Afeganistão - conheça os relatórios da Amnistia Internacional e participe neste apelo!

A Amnistia Internacional afirma que os talibãs bem como outros grupos rebeldes devem ser investigados e julgados por crimes de guerra. Esta declaração surge no seguimento da publicação do relatório da ONU segundo o qual verificou-se um aumento no número morte civis vítimas dos ataques dos combatentes antigovernamentais no Afeganistão.


De acordo com a Missão das Nações Unidas de Assistência no Afeganistão (UNAMA), só na primeira metade de 2010, verificou-se um aumento de 31% na morte de civis resultado do uso crescente, por parte dos talibãs e de outros grupos rebeldes, de explosivos improvisados e do aumento deliberado de ataques contra alvos civis. Os ataques dos talibãs e de outras forças antigovernamentais são responsáveis por 76% das vítimas civis e por 72 % das mortes.


Na primeira metade de 2010, a execução e assassinato de civis por parte dos Talibãs e de outros grupos rebeldes aumentou mais de 95% relativamente ao ano anterior, resultando em 183 mortes de civis. As vítimas são frequentemente acusadas de apoiar o governo.


Conheça os relatórios da investigação da Amnistia Internacional, e participe nas petições, aqui.

domingo, agosto 08, 2010

Angola deve libertar os activistas presos na sequência do ataque à selecção do Togo.

A Amnistia Internacional apela à libertação dos quatro angolanos activistas de direitos humanos presos ilegalmente em ligação a um ataque à selecção de futebol do Togo em Cabinda e que matou duas pessoas e feriu várias outras.

Os quatro homens, incluindo os prisioneiros de consciência Francisco Luemba e Raul Tati, foram condenados a penas de prisão de entre três e seis anos pelo Tribunal Provincial de Cabinda na sequência do ataque de Janeiro, acusados de “outros actos contra a segurança do Estado”.

"As autoridades angolanas usaram o ataque terrorista como pretexto para prender os activistas de direitos humanos que as têm criticado", afirmou Muluka-Anne Miti, investigadora para a Angola da Amnistia Internacional.


"Estes homens devem ser libertados a menos que sejam acusados de um crime reconhecível e que tenham um julgamento justo."


Os quatro activistas foram condenados por terem violado o artigo 26 da legislação angolana relativa a crimes contra a segurança do Estado, que concede às autoridades poder de classificar qualquer acto como crime.


“Este é um exemplo preocupante de como esta lei tão vaga pode ser usada de forma errada pelas autoridades. Significa que qualquer acto que as autoridades decidam que é crime passa a ser crime, mesmo que não esteja previsto na Lei quando o acto foi cometido. O artigo 26 viola a legislação Internacional de direitos humanos," afirmou Muluka-Anne Miti.


Francisco Luemba e Raul Tati são membros da organização de direitos humanos Mpalabandaare, actualmente banida. São críticos de longa data do governo e da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) – um grupo armado que luta pela independência de Cabinda.


A polícia prendeu os dois homens pouco tempo depois do ataque de 8 de Janeiro, que vitimou a selecção de futebol do Togo enquanto viajavam de autocarro por Cabinda para participar na Taça Africana das Nações.


Francisco Luemba e Raul Tati estavam na posse de documentos sobre Cabinda e tinham participado recentemente num conferência com o objectivo de encontrar uma resolução pacífica para a situação naquela região.


Os outros dois homens condenados, José Benjamin Fuca e Belchior Lanso Tati, também tinham participado na conferência e alegadamente confessaram serem membros da FLEC.


Francisco Luemba e Raul Tati receberam sentenças de cinco anos de prisão
, enquanto Belchior Lanso Tati foi condenado a seis anos de prisão e José Benjamin Fuca foi condenado a três anos de prisão. A Amnistia Internacional sabe que os quatro homens vão recorrer das sentenças.

Foi assim, no Andanças!