quinta-feira, janeiro 28, 2010

Relatório sobre o Burkina Faso: mulheres grávidas morrem devido a discriminação.

As mulheres estão a morrer, desnecessariamente, durante a gravidez e o parto pois a discriminação de que são alvo impede-as de terem acesso a cuidados de saúde reprodutiva e sexual, o que as impossibilita de tomar decisões importantes em relação à sua gravidez, declara a Amnistia Internacional num relatório divulgado hoje.
Todos os anos mais de 2.000 mulheres morrem no Burkina Faso devido a complicações durante a gravidez e parto, segundo dados do governo. O relatório da Amnistia Internacional, Giving Life, Risking Death defende que muitas destas mortes poderiam ser facilmente evitadas se as mulheres tivessem acesso atempado a cuidados de saúde adequados.


“Toda a mulher tem direito à vida e a cuidados de saúde apropriados, e o governo deveria redobrar os seus esforços em relação à mortalidade materna evitável”, declarou Claudio Cordone, Secretário-geral Interino da Amnistia Internacional. “No Burkina Faso as mulheres estão presas num ciclo vicioso de discriminação, o que torna a maternidade potencialmente letal.”


A maioria das mulheres do Burkina Faso está subordinada aos homens que as rodeiam, tendo pouco ou nenhum controlo sobre decisões importantes da sua vida reprodutiva, tais como quando procurar cuidados médicos ou quando e com que periodicidade engravidar, apesar de terem o mesmo estatuto que os homens segundo a lei do país. As mulheres e raparigas continuam a ser sujeitas a casar ainda muito jovens e à mutilação genital feminina.

Sem comentários: