A organização também apela para que seja dispensada especial atenção para assegurar a protecção dos Direitos Humanos, das crianças e de todos os que ficaram órfãos em consequência do terramoto. As raparigas enfrentam um risco acrescido de serem vítimas de violência sexual.
“A actual situação de anarquia vivida no Haiti e a crescente vulnerabilidade de mulheres e crianças, cria o ambiente perfeito para que se realizem abusos dos Direitos Humanos e crimes, como são as violações, que podem passar despercebidas e impunes,” Gerardo Ducos, investigador da Amnistia Internacional para o Haiti. “Proteger grupos vulneráveis da violência sexual é tão importante como proporcionar-lhes ajuda.”
A Amnistia Internacional faz o apelo numa altura em que ascendem a milhares as mortes em consequência do sismo de 7.1 que abalou o país na terça-feira ascendem aos milhares. Muitas pessoas continuam desaparecidas e os sobreviventes esperam a ajuda internacional que lhes dará acesso a água potável, comida e medicamentos.
No rescaldo do desastre, a capacidade de manter a ordem e o respeito pela lei, assegurada por parte da Polícia Nacional do Haiti e do sistema de justiça, estão seriamente comprometidas, uma vez que como a maioria das suas infra-estruturas entraram em colapso e muitos funcionários permanecem desaparecidos.
A Amnistia Internacional documentou anteriormente níveis chocantes de violência sexual contra mulheres e raparigas por todo o país. “Antes do terramoto, o Haiti não era capaz de proteger os Direitos Humanos e, em particular, das mulheres e raparigas da violência sexual. A menos que sejam tomadas medidas enquanto decorrem os esforços de ajuda humanitária, a situação poderá piorar,” afirmou Gerardo Ducos.
A Amnistia Internacional transmite as suas mais sinceras condolências aos familiares e amigos das vítimas e uma mensagem de solidariedade ao povo haitiano.
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