A primeira versão do documento final agora em discussão em Copenhaga deixa, no entanto, em aberto a definição dos objectivos precisos para limitar o aumento das temperaturas globais, devido às divergências existentes entre os vários blocos de países.
A questão da temperatura esteve na origem das primeiras divergências entre os países em desenvolvimento, com os estados-ilha e os países mais pobres de África e da América Latina a exigirem metas mais apertadas para a redução das emissões, de modo a que as temperaturas globais não subam mais do que 1,5 graus centígrados.
Acima deste limite vários estados-ilha poderão ficar inundados. As grandes economias emergentes, como a China, Índia, Brasil ou África do Sul, não concordam com estas restrições, porque o seu crescimento poderá ficar comprometido.
E os países ricos já tinham acordado na meta dos dois graus centígrados no passado mês de Julho. Mas a generalidade das ONG defende o objectivo de 1,5 graus, o que implica limitar as emissões a 350 ppm (partes por milhão em volume de ar), e não a 450 ppm, como tem sido proposto pelos países desenvolvidos e pelas grandes economias emergentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário