Tomar posição será equivalente a morder a isca eleitoral do PS e pôr em causa a nossa imparcialidade e isenção?
Por outro lado... Ciganos, homosexuais, IVG, mutiliação, voos de rendição, ditaduras etc, será que há como não tomar posição? Não é justificado omiti-la só por outros terem também posição.
Será que esta questão não é politica mas sim uma questão de direitos humanos, sobre a qual devemos tomar posição pública, tal como devemos fazê-lo em todas as outras... e desse ponto de vista, bastará ter um enfoque estritamente jurídico (de direitos fundamentais) sem permitir leituras políticas?
Queremos saber a tua opinião!!
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Domingo, 1 de Fevereiro de 2009
HOMOSSEXUALIDADE: DISCRIMINAÇÃO LEVA A ABANDONAR A ESCOLA
Pelo menos seis jovens portugueses abandonaram o sistema es-colar nos últimos dois anos por não conseguir aguentar a discriminação perante a sua orientação sexual. E oito admitem ter mesmo tentado o suicídio.
Os casos dizem exclusivamente respeito a queixas voluntárias recebidas pelo Observatório de Educação LGBT, criado pela Rede Ex-Aequo - Associação de Jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Simpatizantes entre Outubro de 2006 e Outubro de 2008. Uma amostra que a rede faz questão de dizer que não é representativa: "A maioria das situações encontram-se para além do nosso conhecimento".
Olá
Ao ler a pergunta, salta-me logo a vista o seguinte, "a Amnistia deve ou não pronunciar-se sobre....", e de imediato me ocorreu que durante muitos anos Portugal lutou por liberdade de expressão, como tal, é de todo importante ouvir todas as posições sejam elas a favor ou contra, mais, ou menos radicais. Ainda por cima, num país onde os pareceres são normalmente mais importantes que as pessoas, entendo que a voz da amnistia deve ser ouvida, mais do que qualquer outra, e isso não deve ser entendido como instrumentalização politica do partido A, B, ou C.
PS: Ao questionar sobre se deve ou não pronunciar-se, a amnistia não estará a ir contra os seus proprios principios?
A Amnistia Internacional não devia sequer questionar-se sobre isso. Dormir de consciência tranquila é podermos falar sobre o que achamos importante sem olhar a partidos políticos e muito menos a agendas políticas. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi estabelecida muito antes de qq José Sócrates ou Manuela Ferreira Leite sonharem ser alguém na vida. São questões de Direitos Humanos e, como tal, são questões de todos nós e que a todos nós respeitam, não podendo ser entendidas como questões partidárias. No dia em que um qualquer partido político se achar no direito de patentear qualquer assunto de Direitos Humanos é porque já não sabe qual é o seu papel.
Acho que não só se devem pronunciar sobre isso como se deveriam pronunciar sobre todos os casos de abusos contra os Direitos Humanos que se cometem no nosso próprio país, isto considerando a Amnistia portuguesa. É óbvio que é importante pronunciarem-se sobre casos internacionais, qualquer pessoa que precise de ajuda é importante, esteja ela na Argentina ou aqui mas os Direitos Humanos são supra-fronteiriços e devem sobrepor-se aos limites de território. Não devem ter receio de serem catalogados como mais 'esquerdistas' ou 'direitistas' pelo facto de alertarem para determinada situação entre-portas até porque fazendo-o extra-portas também correm esse risco. O que verdadeiramente importa é a consciência de quem se manifesta e não as palavras de quem protesta só porque não é capaz de conceber os DH como factor universal de igualdade e justiça.
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