terça-feira, setembro 26, 2006

Hotel Ruanda
26 de Setembro, às 22h no Auditório da AAUAv

Título original: Hotel Rwanda
Realização: Terry George
Intérpretes: Don Cheadle, Sophie Okonedo, Desmond Dube, Joaquin Phoenix, Nick Nolte, Djimon HounsouCanadá/Itália/Grã-Bretanha/África do Sul, 2004


“O ano é 1994. Ruanda é palco de uma das maiores atrocidades da história da Humanidade: em apenas 100 dias, quase um milhão de tutsis são brutalmente assassinados por milícias de etnia hutu.
No cenário destas indescritíveis acções, um homem promete proteger a família que ama, acabando por encontrar a coragem para salvar mais de um milhar de refugiados. O filme retrata a história verídica de Paul Rusesabagina, um gerente de um hotel na capital de Kigali que conseguiu evitar o genocídio de mais de 1200 tutsis durante a guerra civil. ...” in www.cinema2000.pt

“A milícia civil do governo Hutu ruandês preparou um massacre de ferocidade sem paralelo contra os Tutsis do país e a Hutus que se opusessem ao regime. Crê-se que durante um período de mais de três meses 1 milhão de pessoas foram mortas e cerca de cento e trinta mil fugiram para territórios adjacentes. Os civis foram instigados por oficiais e rádios patrocinadas pelo governo, onde eram emitidos cânticos, campanhas e palavras de ordem que instigavam as populações a matar os seus vizinhos. As armas para essas “campanhas de morte” eram fornecidas pela França, Reino Unido, África do Sul entre outros países. Neste conflito também foram violadas muitas mulheres. Dessas mulheres, cerca de dois terços estão agora com o Sida e outras estão ainda traumatizadas. Poucas foram as que receberam tratamento ou apoio social e poucos foram também os violadores trazidos à justiça.
Em Julho de 1994 depois da fuga para o Zaire de inúmeros membros Hutus das Forças Armadas Ruandesas o exército da Frente Patriótica Ruandesa (FPR) dominado pelos Tutsis, avançou e ocupou Kigali e quase todo o resto do país. Este facto ocasionou outra grande tragédia, quando entre um e dois milhões de Hutus, incluindo soldados e milícias do governo derrotado se refugiaram subitamente em duas grandes vagas na província de Kivudo no Zaire. Aqui esgotaram completamente os recursos existentes de modo que muitos milhares morreram de cólera ou disenteria antes de lhe chegar auxílio ou antes que pudessem ver garantido o regresso às suas casas. Em finais de Agosto pensou-se que apenas um terço do total da população ruandesa tinha sobrevivido e ainda estava no seu país.” in www.amnistia-internacional.pt

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