Espancamentos, chicotadas e execuções sumárias são práticas comuns nas prisões secretas controladas pelo grupo armado Estado Islâmico do Iraque e de Al-Sham (ISIS), que domina vastas áreas no Norte da Síria, apurou a Amnistia Internacional.
No relatório divulgado esta quinta-feira, 19 de dezembro, e intitulado “Rule of fear: ISIS abuses in detention in northern Syria” (“A lei do medo: os abusos do ISIS nas prisões no Norte da Síria”), é relatado como o ISIS tem vindo a violar sistematicamente os direitos das populações residentes naquelas regiões. O grupo defende a aplicação estrita da sharia (lei islâmica).
“Há até crianças de oito anos entre as pessoas que são raptadas e presas pelo ISIS. E estas crianças são mantidas junto com as populações de adultos detidos nas mesmas condições cruéis e desumanas”, aponta o diretor da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África, Philip Luther.
A Amnistia Internacional insta o ISIS a pôr fim ao tratamento desumano daqueles que mantém presos e apela aos líderes do grupo a darem instruções claras às suas forças para respeitarem os direitos humanos e cumprirem as leis de direitos humanos.
E pede à comunidade internacional que tome medidas concretas para bloquear o fluxo de armas e outros fornecimentos de apoio ao ISIS, assim como a outros grupos armados envolvidos em crimes de guerra e outras violações sérias dos direitos humanos. O Governo turco, em particular, tem de assegurar que o seu território não é usado pelo ISIS para aceder a armas e recrutas para os combates na Síria.
Da mesma forma, "os países do Golfo que têm expressado apoio aos grupos armados que combatem o Governo sírio têm de agir de maneira a travar o fluxo de armas, de equipamento e de outros abastecimentos que estão a chegar ao ISIS, face aos inegáveis e chocantes abusos e violações de direitos humanos cometidos”, alerta Philip Luther.
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